Uma rapidinha…?!

Hoje vou falar sobre outra disfunção sexual: a ejaculação precoce. Existe ainda uma certa discussão sobre o que de fato é considerado ejaculação precoce. Isto porque sua definição está intimamente ligada a frequência com que acontece. Alguns especialistas são bastante objetivos estipulando um número de vezes. O mais aceito atualmente é que ela acontece se o homem chega ao orgasmo antes de sua parceira em mais de 50% das vezes em que têm relações. Eu prefiro pensar em ejaculação precoce quando o homem chega ao orgasmo antes do que ele queira em um número também frequente. Isto é muito importante porque aí estão envolvidos vários fatores. A presença da parceira por exemplo. Em muitos casos o que acontece é uma inadequação entre o nível de excitação da parceira e do parceiro. A mulher não está tão excitada quanto o homem e precisaria de mais estímulo. Este caso é mais simples de lidar bastando ajustar este “timing” para que ambos estejam excitados mais ou menos na mesma intensidade.

Outro fator muito importante é o fator psicológico uma vez que a ejaculação precoce é uma disfunção que tem origem unicamente psicossocial salvo raríssimos casos de hipersensibilidade. O que acontece é que o ato sexual é idealizado e por outro lado reprimido o que nos leva a ao mesmo tempo querer e precisar demais dele e segurar nossa vontade até um momento oportuno. Quando estamos de fato a ponto de fazer sexo ficamos ansiosos e preocupados com nosso desempenho.

Outro fator que contribui demais, principalmente na juventude, é a dificuldade em encontrar um lugar adequado para “transar”. Geralmente acontece em um lugar escondido com olhos e ouvidos atentos para não ser “pego no flagra”. Algumas vezes esse é um bom “turn on” mas na maioria das vezes acaba apressando as coisas.

A solução para esta disfunção é unicamente psico-comportamental uma vez que a origem é também desta ordem. Em outras palavras não existe ainda nenhum “Viagra” pra ejaculação precoce o que é bom a meu ver considerando que um remédio poderia trazer dependência e esta situação tem um tratamento psico-comportamental eficaz e que traz outros benefícios como o auto-controle. É um tratamento que demanda esforço não só do homem mas muitas vezes de sua companheira.

Apesar de este problema estar relacionado com a relação com a parceira o homem pode muitas vezes estar insatisfeito com seu orgasmo sem ainda ter uma parceira fixa. Isso não o impede de melhorar neste aspecto por conta própria já que a solução é um treino continuo e elaborado. Aquele rapaz que acha que “goza” rápido demais pode tentar treinar durante a masturbação controlando o momento de ejacular. Quando você sentir que está perto de ter o orgasmo pare e espere um pouco, a seguir comece a estimulação mais uma vez. Este é o início do treino que ajuda a controlar a ejaculação. Outras boas dicas são: tente estar calmo e relaxado quando tiver relações. Procure ter intimidade com sua parceira e seu corpo (vergonha também aumenta a tensão). Pense num local legal pra ter a relação (algumas vezes é uma boa idéia adiar a primeira vez se não se sentir a vontade). E principalmente se acontecer uma vez, na primeira vez talvez, tente não se prender a isso você ainda tem muito chão pela frente e muito o que aprender (é isso mesmo, o sexo como fazemos, não é instintivo mas aprendido com a experiência).

Tem muito mais coisas pra falar sobre isso mas vou deixar para outros posts (melhor não ter pressa nisso também).

3 respostas para “Uma rapidinha…?!”.

  1. […] excesso pode implicar em problemas tanto de ordem fisiológica como psicossocial. Alguns casos de ejaculação precoce, por exemplo, têm origem na ânsia em se masturbar rapidamente por receio de ser pego no ato (ou […]

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  2. […] observando os posts anteriores notei que, mesmo falando do ciclo de resposta sexual e da ejaculação precoce, não havia feito um post dedicado exclusivamente a uma importante fase do ciclo de resposta sexual […]

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  3. […] aqui no blog. Alguns exemplos foram as disfunções eréteis, o desejo sexual hipoativo e a ejaculação precoce. Porém, notei, que a gente nunca conversou sobre como essas disfunções são, por assim dizer, […]

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